“Daqui, Sente o que Vês, é um percurso poético-visual por pontos de património natural e edificado do barrocal e serra algarvia. Os visitantes percorrem estes pontos de uma forma autónoma, acedendo através de um QR Code a diferentes conteúdos de cariz artístico criados e produzidos especificamente para este projeto. Os QR Code estarão disponíveis em totens instalados, um em cada ponto. Fazem parte deste projeto quatros pontos do concelho de Loulé: Anta do Beringel no Ameixial, Igreja Matriz de Alte, Percurso Eco-Botânico Manuel
Gomes Guerreiro em Querença e
os Lavadouros da Pena em Salir. Em cada ponto, uma obra artística em formato de vídeo. As criações são em site-specific recorrendo a uma ensemble de áreas artísticas como o canto lírico, a dança contemporânea, a música, os cantares tradicionais e à video-arte. Pretende-se convidar o público a transcender a realidade que neste momento atravessamos, explorando âncoras intangíveis às quais o ser humano pode ter acesso, como a conexão com a
“natureza, honrar a memória e a sabedoria dos nossos ancestrais e a conexão com o canto. Foram convidados criadores algarvios ou que moram no Algarve como forma de divulgar a qualidade artística que existe na região. Intenciona-se, com este percurso, proporcionar a quem visita o barrocal e a serra algarvia, vivências onde a paisagem exterior e as paisagens interiores de cada um se mesclam com os conteúdos artísticos que visionam no telemóvel, levando a que o imaterial se confunda
com o material e tudo ganha a cor que cada um ouve, vê e sente. Pode-se dizer que se trata de um percurso do SENTIR. Por cada pessoa que se faz presente, palmilhando este percurso, estará a contribuir para a vida que aí acontece, nesse momento suspenso no tempo que dita o fio da memória, construindo também assim o património de um lugar!
Maria Adelaide Fonseca
(diretora artística)
“Canto Mulher” é o nome deste pequeno filme e com isto o espectador fica informado de quase tudo.
Foi um privilégio filmar e captar sonoramente duas cantoras, uma delas numa manhã e outra só numa tarde. O não se poderem encontrar levou-me a uma pequena ilusão cinematográfica.
Uma cantora lírica, como visitante, vai vendo e sentido as belezas da aldeia algarvia de Alte – as naturais e as religiosas. À distância observa outra mulher que também canta…
Eduardo Pinto (realizador)
Realização, operação de câmara e edição:
Eduardo Pinto
Cantora Lírica: Sylvie Burnet-Grupposo
Cantora Popular: Maria Amélia Cabrita
Música: “Avé Maria” de Charles Gounod e “A minha aldeia é tão branquinha” com adaptação da canção “O Imigrante” do Conjunto Maria Albertina. Letra original de Constança Botão.
Fotografia de cena: Joana Rego
Agradecimentos:
Padre Carlos Matos, Regina Leite
No espaço sagrado onde foram celebrados ritos fúnebres das pessoas que nos deram vida, jaz uma Deusa que os protege. É seu dever honrar as memórias de todos os que lá estão. Dia após dia, desde que se lembra, a mulher sente em todo o seu corpo as vivências de todos os antepassados que protege. A sua imortalidade tem esse propósito. Contudo, séculos vividos a ser outras que não ela, a sua mente começa a navegar para dentro de si e para o que ela é. A guardiã sem nome com vontade de ser alguém. E essa vontade, ao longo de milhares de anos, vai-se materializando numa liberdade que se veste de vermelho. E um dia, a mulher decide finalmente experimentar a liberdade.
Henrique Prudêncio (realizador)
Uma mulher, talvez uma feiticeira, rainha ou mãe de muitos filhos , certamente amada e respeitada no espaço tempo que habitou. Reaparece , recorda o espaço e o tempo, chama, honra, sente, vive, acaricia ,ama,btodos os que por ali passaram e respira e volta.
Filipa Rodrigues (coreografia)
Realização e Edição: Henrique Prudêncio
Direção de Fotografia: Ricardo Vargues
Coreografia: Filipa Rodrigues
Bailarina: Sara Calaça
Operação de drone: Carlos Neto
Fotografia de cena: Luís Purificação
Música:
Requiem in D Minor, K. 626: I. Introitus: Requiem. Interprete / Compositor: Nikolaus Harnoncourt / Christine Schafer / Wolfgang Amadeus Mozart/Arnold Schoenberg Chor / Concentus Musicus Wien / Wiener Staatsopernchor. Editora: Sony Music Entertainment
Esta curta metragem performativa multidisciplinar, trabalha os conceitos de conexão e desconexão com o todo, com a natureza, com o nosso lado mais divino e como seres humanos.
Em constante diálogo com o trabalho da coreógrafa Inês Mestrinho que trabalhou com os nossos pequenos bailarinos, foi criado um guião de momentos e sequências que conta uma história entre o ligar e o desligar, entre nós e a natureza. (continuar a ler)
Ana Medeira (realizadora)
Seguindo as diretrizes que me foram apresentadas, parecia-me claro que o início do meu trabalho teria que ser no Percurso Eco-Botânico Manuel Gomes Guerreiro, onde registei vários áudios em todo o seu percurso: pássaros a chilrear, o som do vento nas folhas de uma alfarrobeira, a água a escorrer da fonte, uma mosca que inadvertidamente passa em frente ao microfone, entre outros. (continuar a ler) Miguel Neto (música e sonoplastia)
Realização, operação de câmara e edição:
Ana Medeira
Música e Sonoplastia: Miguel Neto
Coreografia: Inês Mestrinho
Bailarinos: Alunos da EB1/JI de Querença
Figurinos: Filipe Correia
Operação de drone: Carlos Neto
Fotografia de cena: Eurico Brito
Agradecimentos:
Professora Fernanda Guerreiro
Educadora Sara Piedade
Intérpretes:
Maya Oosten, Ivo Rocha, Salvador Santos, Maria Clara Mealha, Gabriel Mourinho, Tomás Guerreiro, Chloé Couto, Leandro Martins, Ruben Smith, Clara Brito, Tomás korolyov, Afonso Gonçalves, Rafaël Pedro, Serena Santos, Áurea Santos, Diana Guiomar, Leonor Dias, Ary Brito, Eduardo Prazeres, Gabriela Marcão, Leo Marissal, Petra Perdigão, Rita Correia, Sahara Brito, Miriam Martins.
Ana Medeira (realizadora)
Entre água, sabão, roupa e filhos agarrados às saias as mulheres encontravam-se no lavadouro. Rodeando os tanques, mergulhavam, espremiam e batiam, com mãos sábias, a roupa. Trocavam histórias da vida alheia e risos, num espaço exclusivamente feminino. Carregavam água, roupa molhada e as dores do mundo. (continuar a ler).
Carolina Cantinho (interpretação e coreografia)
Realização e edição: Ana Medeira
Operação de câmara: Ana Medeira e Sara Pereira
Interpretação e coreografia: Carolina Cantinho
Sonoplastia: Diogo Russo
Fotografia de cena: Eurico Brito
Vozes Off:
Emilia Dantas, Etelvina Reis, Hermínia Reis, Maria Ermelinda, Maria Guerreira, Maria Isabel, Maria Rosa.
Participações especiais:
Alice Viegas, Ana Caetano, Ana Isabel Guerreiro, Cecília Lázaro, Cidália Cavaco, Custódia Inácio, Dinorá Caetano, Hermínia Reis, Idalécia Bento, Idalécia Lourenço, Joana cavaco, Jumélia Augusto, Leonilde Martins, Madalena Ferreira, Maria de Fátima Lázaro, Maria Isabel, Mariana Guerreiro, Matilde Ferreira, Natércia Rocha, Quirina Revez, Susana Faísca, Teresa Silva e Valentina Madeira.
Música:
BritoLavadeira que lava a roupa / Intérprete: Dinorá Caetano / Canção popular e Saudade nº3 (Lembrança do Senhor do Bonfim da Baía) / Compositor: Roland Dyens / Intérprete: Eudoro Grade/ Albúm: Guitarra